Resenha: A Solidão de um Lutador

Livro: A Solidão de um Lutador
Autora: Marta Vianna
Editora: Em breve na Amazon (e-book)
Páginas: 299

Sinopse

Uma família destruída por um pai sem coração. Abandono, sofrimento e muitas adversidades completam a trajetória de vida de Bryan, um lutador famoso que venceu sua pior luta quando aprendeu a se defender ainda criança. 
Abandonado por sua mãe em um orfanato, apenas descobriu o que era o amor através da irmãs freiras e de seu amigo, Pablo.
Uma forte amizade nasceu entre os dois tornando-os além de amigos, irmãos. Bryan encontrou em seu amigo o que nunca recebeu de seu pai, o afeto, o companheirismo a lealdade. 
Com o coração fechado para o amor, ele conhecerá Angel, a pessoa que ele mas vai tentar manter longe por medo de se apaixonar, mas será ela quem trará boas novas sobre sua mãe. Mediante a isso, Bryan conhecerá o amor e ele se verá confuso, sem saber o que fazer com esse sentimento que ele mesmo desconhece. 
Será que depois disso ele abrirá seu coração para o amor e se deixará ser amado? Será que ele conseguirá superar o medo de ser abandonado novamente?


Humor, drama, curiosidade e uma ânsia sem fim para chegarmos logo ao desfecho. Em “ A solidão de um lutador”, Marta Vianna nos apresenta um romance de fácil e ágil leitura, com capítulos curtos e bem explicados em primeira pessoa.  
Temos os pontos vista de Bryan Monteiro e Angel Ferraço, principais personagens dessa trama envolvente, sedutora e empolgante. 

Bryan é um homem famoso e claro, muito bonito, com seus cabelos claros e olhos azuis que puxara da mãe. Lutador de UFC, sofreu muito quando criança; abandonado pela mãe em um orfanato e abusado sexualmente, ele só pensa em sair de sua vida medíocre e crescer profissionalmente e pessoalmente. E ele o faz, levando Pablo, seu irmão do orfanato junto com ele. 

Angel, é uma mulher pobre e dedicada aos estudos e ao jiu-jitsu, leva uma vida difícil e com a família conturbada. Sua mãe Angelina é vítima de maus tratos por parte do padrasto Jorge e ela e irmão, sofrem com isso. 

Em um anúncio na Internet, Angel vê uma oportunidade para quem sabe, salvar a família de tanta dificuldade. Ela poderia ser ring girl e assim tirar a família da lama e pagar seus estudos, já que o trabalho como garçonete não cobre muita coisa.  

Em meio a competições, jargões do mundo da luta, sentimento de atração mútua, as histórias sofridas se cruzam, nos fazendo refletir sobre abandono, violência doméstica, preconceito e as sequelas que isso pode trazer para toda a cota de envolvidos, diretos e indiretos.  

Marta nos expõe as dificuldades que uma família desestruturada enfrenta, ao mesmo tempo em que nos monstra o que isso pode causar a longo prazo, pois Bryan também veio de uma família violenta. 

É isso o que torna o romance dele e Angel mais especial: não é uma coisa baseada somente em atração carnal. Bryan quer cuidar de Angel e da família dela, como ninguém cuidou da sua quando ele era pequeno. Ele quer dar esperança de um futuro melhor, como não houve ninguém para ajudá-lo. Não quer que Angel sofra como ele sofreu quando somente tinha Pablo a seu lado. 

Ela por sua vez, se mostra um pouco incomodada com esse fato, pois ainda não sabe do passado do lutador e não está acostumada a ser mimada. Tudo o que conseguiu foi através de muito esforço e sozinha, nunca dependendo de homens para nada. Também somos presenteados com a perspectiva de Pablo a certa altura da narrativa. Irmão de criação de Bryan, homossexual assumido, ele se mostra de fundamental importância para o andamento da história: é o  amigo para todas as horas que também que ajudar Angel e o irmão que tem o mesmo nome do pai, mas que todos chamam de Jorginho. Pablo se prontifica a ficar cuidando tudo quando a mãe de Angel é  ferida por seu padrasto, e todos acham que o menino tem que ser poupado para não ficar com trauma. 

Tudo está às mil maravilhas, mas não é o final feliz que esperávamos, em um confronto com um ex-namorado de Angel, que por acaso conhece Bryan, a moça  fica sabendo de supetão sobre tudo o que o lutador passou quando pequeno e se sente triste porque ele não quer mais vê-la. Se sente tão quebrado emocionalmente que não se julga capaz de amar e a afasta quando a lembrança do passado não consegue ser apagada.  

Esse é o ponto onde mais uma vez nos pegamos com os olhos cheios d’água e nos sentimos tristes junto com Angel. Nessa passagem do texto, vemos o quão dolorido é para ela: “ Meus olhos estão inchados de tanto chorar. Está nítido como esse amor me consome a alma. Não me lembro de ter chorado assim por alguém. Sofremos, pois desde o começo, sempre fomos impelidos a torcer para que tudo fique bem para todos. 

Com personagens carismáticos, bem construídos e de perfeito encaixe para a trama, Marta Vianna nos presenteia com o conhecimento sobre a prática de lutas esportivas, uma história apaixonante, dramas familiares e um desfecho que nos deixa com água nos olhos 
Em “A solidão de um lutador”, você vai se apaixonar, se emocionar, conhecer a definição de amizade e acima de tudo, em uma leitura clara e rápida.   

Book Trailer 




2 comentários:

  1. Nesse momento Lary, estou super emocionada. Amei cada palavra você descreveu a história perfeitamente bem.. Obrigado

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  2. Adorei a resenha. A curiosidade ficou ainda mais aguçada.

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