RESENHA: Nas Amarras do Amor



Livro: Nas Amarras do Amor - Livro 1 da Série Nas Amarras
Autora: Cris Andrade
Editora: Independente
Paginas: 259
Lançamento: 2016


Sinopse

Paul O’Malley e Ana Thompson se amam desde a adolescência e planejavam casamento, porém uma atitude impensada de seu irmão gêmeo destrói os planos do casal.
Paul acredita que Ana o traiu com seu irmão
gêmeo Charlie. Mesmo com as dúvidas rondando sua cabeça ele prefere acreditar no irmão ao invés de buscar respostas com sua amada.
Ana se vê grávida e sozinha. Abandonada pelo homem que ama, mas não confia nela.
Os anos passam e a verdade vem a tona.
E agora o que eles devem fazer?
Paul quer o perdão. Ana deve perdoá-lo?
Toda essa trama é contada pelas filhas do casal que após uma conversa com a mãe ficaram sabendo de tudo que aconteceu no passado dos pais e resolveram por no papel.
Uma história de amor narrada de forma diferente e divertida.
Paul O’Malley – “Ela não podia ter me traído!”
Ana Thompson – “Ele tinha que ter acreditado em mim!”

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   Objetividade e simplicidade. Duas palavras que caem muito bem ao descrever 'Nas Amarras do Amor' de Cris Andrade.
Apesar dos corriqueiros erros de digitação, a autora nos apresenta uma ideia criativa, onde já sabemos do final, mas nos pegamos ansiosos em saber como tudo começou e se desenrolou até o desfecho.

   Nos mostrando Juliene e Bianca, ambas filhas do casal principal Paul O'Malley e Ana Thompson, Cris narra a história do ponto de vista desses quatro e também de alguns outros personagens cruciais para o desenvolvimento da trama. Ela deixa claro em determinada passagem do texto que precisa mostrar todos os lados da moeda. E ela realmente nos mostra, apesar de ficar um pouco confuso para o leitor se situar em determinadas partes. Os tempos verbais se misturam e o leitor tem que se esforçar (pelo menos no início) para compreender o passado, o presente e o futuro.

   Como começamos já do final, nessa trama simples e muito bem amarrada, (deve-se salientar), temos logo de cara o ponto de vista das gêmeas.
Para alguém desacostumado ou iniciante na arte da leitura, é um pouco embaraçoso o modo como uma delas descreve uma cena de amor entre seus pais, porém, em leitores acostumados com as ideias mirabolantes que se passam pela cabeça de qualquer autor, verão uma pontada de criatividade, inovação e uma pitada de humor e ousadia.

   É notório o sofrimento da personagem Ana, filha de Dona Gloria e John Thompson com todos os acontecimentos ruins que Charlie, irmão gêmeo de Paul, a faz passar. Não se especifica a idade da jovem no início da história, apesar de deixar claro que ela é muito nova. Isso torna tudo encantador. Seu amor por Paul O'Malley é grande e ela faria qualquer coisa para ficarem juntos. Inclusive fugir com ele.

   Um mal entendido que seria facilmente resolvido por pessoas compreensivas, se torna um absurdo e motivo de separação na cabeça do cowboy Paul, que de compreensível não tem quase nada. É o fim do conto de fadas. É a hora de amadurecer e tomar decisões difíceis.

   A trama é tão leve e direta que a autora prefere não fazer rodeios em torno disso, ela foca nos fatos e faz o leitor ansiar pelo que ele já sabe, mas quer ter certeza.
Vale lembrar que não é uma espera enfadonha. Não temos que nos perder em longas descrições psicológicas ou mesmo físicas ( ainda que nosso cowboy seja um exemplo de beleza).

   O cenário, apesar de bem elucidado, também é simples e bastante bonito, trazendo calma para quem lê. Há muitas áreas verdes, fazendas e cavalos malhados. É aconchegante.

   Os fatos cotidianos nos levam a revelações que fazem o jogo virar. A mãe dos gêmeos morre, mas deixa um segredo enfático para trás. Nesse momento nos sentimos muito felizes pelos personagens, mas a felicidade é ligeiramente interrompida por um acontecimento triste. Refletimos nesse ponto de que não é possível ser plenamente feliz em todos os sentidos.

   Na verdade, conseguimos extrair de cada passagem um sentimento diferente. Por exemplo, sentimos raiva de Paul, tristeza por Ana, humor nos diálogos paralelos entre Ju e Bia, o sofrimento de Dona Gloria, e a volta de uma felicidade simbólica com o renascimento de um amor verdadeiro.
É quando Paul percebe que deve lutar pelo amor de Ana, já que o tempo e as decisões erradas deram aos dois, destinos diferentes. Refletimos novamente que não é horrível, nem humilhante lutar por algo ou alguém de quem se gosta, pelo contrário, é uma nova chance que temos de nos redimir e buscar melhorias, para que os erros do passado não se repitam.

   Em uma obra de leitura rápida e bem construída, não deixando pontas soltas, Cris Andrade nos traz uma mensagem sobre amor de verdade, perdão e acima de tudo, que o diálogo pode esclarecer absolutamente tudo e que somente conversando olho no olho é que se consegue obter todos os lados da moeda.


Resenhado por Laryssa Martins




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